sábado, 14 de novembro de 2009

Rescaldo da VI Maratona do Porto





O dia da maratona começou bem, ao contrário do ano passado ninguém se atrasou e toda a rotina antes do inicio foi feita calmamente.
Comecei a prova ao lado da Janine, que foi a minha companheira de prova do ano anterior. Como saímos bem lá na frente o ritmo inicial foi elevado e fizemos o primeiro Km em 4:30 e depois fizemos o 2, 3, 7... sempre a esse ritmo. O objectivo era fazer 3.30H e com este ritmo dava para aí 3.10. Eu começava a ficar preocupado e com receio de comprometer a participação na maratona com este entusiasmo inicial, mas como não me sentia a forçar e estes Kms iniciais são a descer aproveitei para amealhar alguns minutos que poderia gerir no final.

Escusado será dizer que no meio deste dilema e sempre a fazer contas de cabeça chegamos à separação da maratona e da prova convívio (Family Race que é mais chic). Pensava eu que sem a presença destas lebres o nosso ritmo diminuiria, mas manteve-se entre os 4.30 e 4.40 ao Km.
Neste ritmo e inserido num pequeno grupo tivemos todos direito ao incentivo do dia por parte de um agente da autoridade e da sua respectiva barriga: "Vamos lá que os primeiros já vão do outro lado".

Entramos em Gaia e a partir daqui a prova teria de ser gerida com bastante cuidado, porque o esforço estava a ser grande, aproveitei para ingerir 1 cubo de marmelada dando assim inicio ao abastecimento de alimentos sólidos. Até aqui tinha apanhado as bebidas fornecidas pela organização, apesar do tempo estar frio fui bebendo sempre e para isso ajuda o hábito de andar alguns minutos com a garrafa na mão para ir bebendo lentamente. Este hábito foi-me incutido pelo meu amigo Cristovão na minha estreia numa meia-maratona.

Foi aqui que os primeiros passaram por nós em sentido contrário, fiquei contente por ver o Alberto Chaiça lado a lado com os Quenianos, e também porque o meu conterrâneo Baltazar Sousa vir muito bem classificado.
Na zona da Afurada começa-se a ver mais caras conhecidas primeiro num sentido e depois no outro, isto ajuda bastante e neste caso deu para perceber que eu vinha realmente com um ritmo acima do previsto.

Nesta zona a Janine era bastante incentivada porque muitos colegas seus do remo encontravam-se na margem do rio e juntou-se a nós o Pedro que de bicicleta passou a acompanhar-nos. Tive o prazer de ver o Vítor Dias que decidiu fazer a prova de bicicleta (será prenuncio de um livro Pedalar por Prazer?) e descobri que seguia connosco o António Mesquita colega dele na maratona do ano anterior.

Passei também pelo Sousa por volta do Km 26 em sentido contrário muito bem acompanhado e num ritmo cauteloso como convinha.
Após a passagem da ponte Luis I em direcção ao Freixo tenho uma ligeira quebra e a Janine afasta-se um pouco e alguns pensamentos mais negativos ocorrem, mas aqui entram alguns dos ensinamentos do BTT e eu sei que nestas provas longas existem momentos maus que depois de baixar um pouco o ritmo passam. Voltei à companhia dela por volta do Km 30 e fiquei mais descansado, optei aqui por começar a beber muito pouco porque sentia o estômago cheio.

A partir daqui já só faltava menos de 1 hora de prova e se por um lado eu temia encontrar o muro ela começava a pensar no resultado desportivo, porque o nosso ritmo era razoável e algumas concorrentes femininas ficavam para trás. Por volta dos 34 Km vimos que ía uma atleta feminina à nossa frente e fizemos uma pequena aceleração, quando a alcançamos a Janine não perdeu tempo e passou por ela rapidamente e continuamos nesse ritmo.


Este esforço suplementar não veio em boa altura e o liquido em excesso no estômago ameaçava sair, já tínhamos passado o km 38 e para não a atrasar disse para seguir sozinha. E tive de abrandar, o grupo onde vinha a atleta Ana Gomes alcançou-me e eu ainda segui atrás deles até ao edifício transparente, mas eles estavam a aumentar o ritmo e eu claramente em quebra.

Só faltavam cerca de 2 km e resolvi não arriscar, subi a avenida da Boavista num ritmo cauteloso, porque como o estômago não estava muito sossegado e não quis acabar com o apetite para o almoço ao publico que carinhosamente nos apoiava.
Cheguei ao fim com 3:18:25 e nem queria acreditar que tinha tirado 10 minutos ao meu tempo do ano anterior. Cruzei a meta com uma felicidade imensa e ainda incrédulo com o tempo conseguido.

sábado, 7 de novembro de 2009

6ª Maratona do Porto

Acabaram-se os treinos vadios, amanhã é o grande dia. Fazendo jus ao nome do blog não faço a mínima ideia dos treinos que efectuei, nem dos quilómetros percorridos.
Não tenho orgulho nenhum nisso, mas como divido o meu gosto pela corrida com o de andar de bicicleta torna-se difícil avaliar o meu nível de preparação. No entanto pelos resultados da meia maratona de Ovar e do Porto o nível está semelhante ao ano passado.

Apesar de ser a 2ª vez que corro a maratona, o ano passado fiz a minha estreia nesta prova com o tempo oficial de 3:28:32, estou ansioso pela partida. Esse sim o verdadeiro momento de alegria e onde tento aproveitar ao máximo cada minuto.

Hoje fui levantar o dorsal ao pavilhão Rosa Mota com o meu amigo Sousa, que irá participar pela primeira vez numa maratona, mas dado o passado de loucuras desportivas acredito que vai concluir a prova, sem ter feito uma única corrida este ano. Este senhor entre outras proezas conseguiu realizar 24 horas consecutivas de spinning, não se limitando a pedalar mas sim a fazer as aulas.

Quando cheguei dirigi-me ao stand Correr por Prazer onde troquei algumas palavras com o Vítor Dias e trouxe o meu exemplar devidamente autografado e com direito a dedicatória do seu livro.
Depois fui levantar o dorsal e o kit da maratona onde fui atendido por duas grandes campeãs Conceição Grare e Aurora Cunha, parece um bom prenuncio.
Na pasta party encontrei o Miguel Paiva, João Meixedo e Mark Velhote onde após uma curta conversa prometi que daria inicio à escrita deste blog. Claro que tenho um grande incentivo para o escrever que é a participação no 3º Meeting Blogger.

Os meu objectivo para amanhã será repetir o tempo do ano passado, este ano vou contar novamente com a companhia da Ester Alves e da Janine Coelho. Grandes atletas que sendo campeãs no ciclismo e remo respectivamente participam nesta prova apenas pelo prazer de correr. A este duo fantástico vou acrescentar a excelente companhia do Miguel Paiva que devemos iniciar a prova todos com ritmos semelhantes.

Em relação ao tempo estou curioso para ver como o meu corpo reage, mas como disse o Sousa hoje:
Já que vou fazer algo de dificil só espero muito vento e granizo que assim ainda terá mais valor a minha participação.