domingo, 24 de outubro de 2010

Meia Maratona de Ovar

Este blogue apenas têm sido utilizado na altura da maratona do Porto, este ano vai ser diferente porque não conto participar. Seria um loucura da minha parte depois de um ano em que os treinos foram quase inexistentes.

Antes eram vadios porque fazia o que me apetecia, sem qualquer plano pré-definido, era mesmo o que me dava na real gana. Alguns amigos até diziam que treinava demais, isso eu nunca achei porque o meu objectivo nunca foram os resultados, mas sim o prazer que sentia enquanto treinava. As provas apenas eram uma desculpa e serviam essencialmente para me motivar.

Vamos então ao relato da meia-maratona de Ovar, que serviu para confirmar o que eu interiormente já sabia, estava em muito má forma mas (ainda) não sou um caso perdido.
Escolhi esta prova porque os pratos que oferecem no final fazem falta cá em casa e espero que para o ano completar a meia dúzia. Outro motivo é a grande simpatia de todas as pessoas desta localidade, aqui até a policia é simpática, aconteceu mesmo quando eu perguntava como ía para o parque junto à biblioteca que um arrumou uma grade e disse para eu estacionar mesmo ali.

Na partida encontrei o João Meixedo e aproveitei para meter conversa e saber mais pormenores sobre a sua participação na maratona na Austrália que tanto me fascinou o seu relato que li no seu blogue. A sua companhia também serviria para me ajudar a marcar o ritmo inicial enquanto não percebia como estava.
Lá começamos a corrida e conforme é habitual aqui em Ovar os primeiros kms fazem-se a um "ritmo elevado" ao qual o muito publico e a segunda passagem na meta a isso obriga, é que ninguém quer fazer má figura. Nos kms iniciais aproximou-se vindo de trás o Rui Pena, que tinha chegado atrasado, mas ficou pouco tempo na nossa companhia já que o seu ritmo era claramente superior. Antes do abastecimento dos 10 kms eu também tive de abandonar a companhia do Meixedo mas no sentido inverso, tinha de reduzir o ritmo porque apesar de não me sentir mal percebi que não o iria aguentar muito mais tempo e ainda estava a meio.
Na passagem na Afurada o vento fazia-se sentir, e eu tentava andar sempre atrás de algum grupo para ver se o que já era difícil não ficava ainda pior. Depois era a contagem decrescente e a luta interior para não ir a passo naqueles kms finais e repetia comigo próprio que só faltavam 15 min, depois 10 e finalmente 5, 4, 3, 2, 1 Ufa, já está a meta à vista e consegui terminar sem parar de correr, foi a grande vitória aguentar sem ter de ir a passo.

Resultado final 1:47:40 em 2009 fiz 1:38:35 o que significa mais 9 minutos e até faz sentido porque também tenho mais 9 Kg. No final o encontro com alguns amigos destas andanças que infelizmente este ano revi menos vezes do que desejava, mas que me dão sempre alento para não desistir. Fiquei menos tempo do que desejava, porque temia que as dores viessem e depois o regresso a casa fosse penoso. Afinal isso não aconteceu e a recuperação até foi bastante boa, devem ter sido os ovos moles que a minha namorada comprou e serviram para recuperar forças. Já diziam os "antigos" que uma boa gemada dá forças e pelos vistos têm razão.

Próximo objectivo fazer a maratona do Porto, mas de bicicleta. E depois quem sabe a de Lisboa no dia 5 de Dezembro, mas para isso é necessário treinos vadios ou dos outros mais certinhos.
Mas mantenho a máxima de que o Sucesso (neste caso terminar a maratona) só no dicionário vêm antes do Trabalho.

1 comentário:

  1. Boas João,

    Vamos então tratar desses treinos... força nisso.

    Também vou a Lisboa.

    Abraço,

    Rui

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